quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O diário da tua ausência


"Tudo em mim se habituara a ele, o meu corpo, o meu coração, os meus olhos, o meu sono. 
E agora que ele estava a sair da minha realidade de uma forma irreversível. 
Era como se me arrancassem os membros, sentia-me paralisada, perdida, sem saber para onde ir, assustada e ferida sem sequer acreditar no que me estava a acontecer."

[ Do livro: "O diário da tua ausência" de Margarida Rebelo Pinto ]

xD

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Vai valer a pena

"Mesmo naquela fase em que eu não estava bem, sabia que havia de chegar o dia em que ficaria bem. 

Tinha de passar por aquela fase má, mas era a decisão certa."   


[ Do livro: "Vai valer a pena" de Quintino Aires ]


xD

sábado, 20 de novembro de 2010

Desabafo de uma pessoa que amou muito...

Ahhh, porque tem que ser assim?

A pessoa que você mais amou na vida, não se importa nem um pouquinho com você, com seus sentimentos!!

Depois de muito tempo, onde as pessoas me falavam que não valeria a pena, que só iria me machucar (realmente me machuquei, e muito!), só agora percebi que realmente não vale a pena. Acho que eu já sabia, mas não queria enxergar, quem sabe uma esperança lá no fundo se mantinha acesa, de que tudo poderia mudar... 

Mas agora já era!! Chegou a hora de encarar a realidade, olhar pra frente e esquecer o passado, quem sabe apagá-lo totalmente da minha vida seria a solução?!?!

Como diria aquela frase: "Se não for pra me fazer voar, nem tire meus pés do chão"

Então, o melhor é seguir em frente...

"Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receberem algo melhor."  

Então que venham as coisas boas!!

[ By Nilsa Almeida ]

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Superação

O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. 
E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância.
Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes.
A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura.
Às vezes é preciso recolher-se.

[ Lia Luft ]

xD

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Recolhimento

Às vezes é preciso recolher-se. O coração não quer obedecer, mas alguma vez aquieta; a ansiedade tem pés ligeiros, mas alguma vez resolve sentar-se à beira dessas águas.

Ficamos sem falar, sem pensar, sem agir. É um começo de sabedoria, e dói. Dói controlar o pensamento, dói abafar o sentimento, além de ser doloroso parece pobre, triste e sem sentido.

Amar era tão infinitamente melhor; curtir quem hoje se ausenta era tão imensamente mais rico. Não queremos escutar essa lição da vida, amadurecer parece algo sombrio, definitivo e assustador. Mas às vezes aquietar-se e esperar que o amor do outro nos descubra nesta praia isolada é só o que nos resta.

Entramos no casulo fabricado com tanta dificuldade, e ficamos quase sem sonhar. Quem nos vê nos julga alheados, quem já não nos escuta pensa que emudecemos para sempre, e a gente mesmo às vezes desconfia de que nunca mais será capaz de nada claro, alegre, feliz.

Mas quem nos amou, se talvez nos amar ainda há de saber que se nossa essência é ambiguidade e mutação, este silêncio é tanto uma máscara quanto foram, quem sabe, um dia os seus acenos.

[ By Lia Luft ]

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sonata da luz da lua

Um som profundo e aveludado
faz formar inúmeras imagens
cada nota em suas margens
se fazem agressivas e apaixonadas

Um piano solitário
no centro do escuro salão
o ar da triste solidão
e a execução de um pranto raro

Rasga o vento com teu choro
oh,pianista e tuas mágoas
cada nota como a água
de teus olhos sem consolo

Dedilha estas notas que imagina
cada tecla uma parte de sua canção
dedilhando assim meu coração
faz o fundo de minha sina

Sei que choras como eu
mas teu jeito de chorar
senhor solitário,é tocar
bem mais belo que o meu

E ainda ouço a sonata morrendo...
pouco a pouco,em tuas mãos.

[ Do blog Cabeça Vazia ]