sexta-feira, 18 de junho de 2010

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

[ Vinícius de Moraes ]


P.S.: Eu vivi cada vão momento, por menor que ele fosse, aproveitei cada segundo ao seu lado, ri ao seu lado, derramei meu pranto quando estava longe de você. E agora estou nessa angústia, de quem convive com a solidão, final de um amor. Vai demorar para eu apagar a chama que ainda vive em mim, foi infinito enquanto durou. Obrigada.

Um comentário:

  1. Que profundoooooooooooooooooooooooo...rs
    primeira vez q vejo seu blog.. bonitoo!!!
    bjão

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